26 de ago. de 2012

Esportes Paralímpicos

Esporte: Atletismo
Histórico: Desde os Jogos de Roma, em 1960, o atletismo faz parte oficialmente do esporte paraolímpico. As primeiras medalhas do Brasil em Paraolimpíadas na modalidade vieram em 1984, em Nova Iorque e em Stoke Mandeville, Inglaterra. Nos Estados Unidos foram conquistadas seis medalhas: uma de ouro, três de prata e duas de bronze. Na cidade inglesa, o Brasil obteve cinco medalhas de ouro, nove de prata e uma de bronze. Em Seul (1988), mais três de ouro, oito de prata e quatro de bronze. Na Paraolimpíada de Barcelona, em 1992, os competidores trouxeram três medalhas de ouro e uma de bronze. Em Atlanta (1996), o Brasil conquistou cinco medalhas de prata e seis de bronze. Em Sydney (2000) foram quatro de ouro, quatro de prata e uma de bronze. Mas foi em Atenas, em 2004, que o atletismo brasileiro mostrou sua força: 16 medalhas no total, sendo cinco de ouro. Nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro (2007) o Brasil terminou em primeiro lugar geral, com 25 medalhas de ouro, 27 de prata e 21 de bronze, totalizando 73 medalhas na modalidade.
Principais adaptações: O atletismo adaptado para deficientes visuais possui como base as mesmas regras do atletismo convencional, fazendo-se necessárias apenas algumas poucas adaptações. Os esportistas são classificados segundo seu nível de deficiência visual: B1, B2 e B3. O atleta B1 (com visão próxima ou igual a 0%) obrigatoriamente compete utilizando um óculo opaco, para bloquear a entrada de luz e anular qualquer percepção visual. Em provas de pista, ele possui o direito de utilizar duas raias, além do atleta guia. O guia é um atleta que enxerga normalmente e que corre ao lado do deficiente visual (nunca na sua frente), dando-lhe coordenadas para evitar que ele invada a raia de outro competidor. O atleta e o guia são unidos por uma corda com tamanho máximo de 50 centímetros. Em provas de campo, o acompanhante tem a função de posicionar o atleta cego no local correto dos saltos e arremessos, além de indicá-lo a direção a ser seguida. Para o atleta B2, o guia é opcional, mas ele terá duas raias à sua disposição. Já o atleta B3 não possui direito ao guia e tampouco a duas raias.
Principais Atletas: Lucas Prado, Tito Sena, Terezinha Guilhermina, Ádria Santos
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas: 9º e 14º

Esporte: Goalboll
Histórico: O goalball foi criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o alemão Sepp Reindle, que tinham como objetivo reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial que perderam a visão. Nos Jogos de Toronto (1976) sete equipes masculinas apresentaram a modalidade aos presentes. Dois anos depois teve o primeiro Campeonato Mundial de Goalball, na Áustria. Em 1980 na Paraolimpíada de Arnhem, o esporte passou a integrar o programa paraolímpico. Em 1982, a Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) começou a gerenciar a modalidade. As mulheres entraram para o goalball nas Paraolimpíadas de Nova Iorque, em 1984. A modalidade foi implementada no Brasil em 1985. Inicialmente, o Clube de Apoio ao Deficiente Visual (CADEVI) e a Associação de Deficientes Visuais do Paraná (ADEVIPAR) realizaram as primeiras partidas. O primeiro campeonato brasileiro de Goalball foi realizado em 1987. A seleção brasileira masculina conquistou uma medalha de prata no Parapan de Buenos Aires, em 1995. Na Carolina do Sul, em 2001, as mulheres conquistaram o bronze no Parapan-Americano, enquanto a seleção masculina ficou com o quarto lugar. Em 2003, as atletas brasileiras foram vice-campeãs no Mundial da IBSA, disputado em Quebec, no Canadá. Com isso, o Brasil se classificou para uma edição dos Jogos Paraolímpicos pela primeira vez. Em Pequim será a estréia da seleção masculina em uma Paraolimpíada.
Principais adaptações: Ao contrário de outras modalidades paraolímpicas, o goalball foi desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficiência – neste caso a visual. A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas duram 20 minutos, com dois tempos de 10. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra tem um gol com nove metros de largura e 1,2 de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro e o objetivo é balançar a rede adversária. A bola possui um guizo em seu interior que emite sons – existem furos que permitem a passagem do som – para que os jogadores saibam sua direção. O Goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg. Sua cor é alaranjada e é mais ou menos do tamanho da de basquete.
Principais Atletas: Ana Carolina Custódio, Luis Pereira Silva
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas: 9º e 14º
Esporte: Judô
Histórico: Esta arte marcial foi a primeira modalidade de origem asiática a entrar no programa paraolímpico. Desde a década de 70 há o conhecimento desta prática esportiva. A estréia em paraolimpíadas foi em 1988, na capital sul-coreana Seul. Na ocasião, só os homens deficientes visuais lutavam. Esta constante seguiu intacta em Barcelona, Atlanta e Sydney. Os Jogos Paraolímpicos de Atenas-2004 marcam a entrada das mulheres nos tatames paraolímpicas. A entidade responsável pelo esporte é a Federação Internacional de Esportes para Cegos, fundada em Paris, em 1981. Assim como no resto do mundo, a década de 70 marcou o princípio do judô no Brasil. Em 1987, houve a primeira saída dos judocas brasileiros para uma competição internacional. Era o Torneio de Paris. Desde quando o esporte passou a fazer parte dos Jogos Paraolímpicos, o País demonstra ser uma das maiores potências do planeta.
Principais adaptações: Há algumas diferenças básicas para o judô convencional: os lutadores iniciam a luta já com a pegada estabelecida, a luta é interrompida quando os jogadores perdem o contato total um do outro, o atleta não pode ser punido ao sair da área de luta e o atleta cego total é identificado com um círculo vermelho de 7 cm nas duas mangas do quimono.
Principais Atletas: Antônio Tenório da Silva, Karla Cardoso
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas: 9º e 14º
Esporte: Futebol de cinco
Histórico: Existem relatos de que no Brasil, na década de 1950, cegos jogavam futebol com latas. Em 1978, nas Olimpíadas das APAEs, em Natal-RN, aconteceu o primeiro campeonato de futebol com jogadores deficientes visuais. A primeira Copa Brasil foi em 1984, na capital paulista. Das quatro edições da Copa América, os brasileiros trouxeram três ouros: Assunção (1997), Paulínia (2001) e Bogotá (2003). Em Buenos Aires (1999), o título não veio, mas os brasileiros chegaram a ganhar dos argentinos. Em 1998, o Brasil sediou o primeiro Mundial de futebol e levou o título. Dois anos depois, em Jerez de la Frontera, na Espanha, a seleção se sagrou campeã novamente. Em Atenas (2004) a seleção masculina brasileira estreou nos Jogos Paraolímpicos e conquistou a medalha de ouro numa vitória sobre a Argentina por 3 a 2, nos pênaltis. No Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, o Brasil ficou em primeiro lugar.
Principais adaptações: O futebol de cinco é exclusivo para cegos ou deficientes visuais. As partidas normalmente são em uma quadra de futsal adaptada, mas desde os Jogos Paraolímpicos de Atenas também tem sido praticadas em campos de grama sintética. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. Cada time é formado por cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. Diferente dos estádios com a torcida gritando, as partidas de futebol de cinco são silenciosas, em locais sem eco. A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la. A torcida só pode se manifestar na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos olhos e se tocá-la é falta. Com cinco infrações, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. Há ainda um guia, o chamador, que fica atrás do gol, para orientar os jogadores, dizendo onde devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O jogo tem dois tempos de 25 minutos e intervalo de 10 minutos.
Principais Atletas: Ricardinho e Marquinhos
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas: 1º e 1º
Esporte: Xadrez
Histórico: O   xadrez para cegos é uma das modalidades mais recentes no Brasil. Os primeiros atletas a representarem o país em competições internacionais foram os integrantes da equipe que disputaram os III Jogos Mundiais da IBSA, acontecido em São Paulo, de 28 de julho a 08 de agosto de 2007.
Principais adaptações: As peças do xadrez são as mesmas. O tabuleiro é perfurado com pinos que fixam as peças, evitando quedas quando o jogador está analisando o jogo com as mãos. Além disso, há uma gravação que indica o movimento executado pelo participante e sinaliza o xeque-mate.
Principais Atletas: Roberto Carlos Hengles e Adroildo José Martins
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas:
Esporte: Powerlifting
Principais adaptações: O powerlifting é um tipo de levantamento de peso pouco difundido no Brasil. O esporte começou a se desenvolver na década de 60 e é praticado por atletas dos 2 sexos. A modalidade para atletas cegos é bastante difundida no leste europeu e na Ásia, principalmente na Turquia e no Irã. Competidores das três classificações oftalmológicas (B1, B2 e B3) competem juntos e as regras são exatamente as mesmas das competições convencionais. Diferentemente do levantamento olímpico (weightlifting), no qual o competidor levanta a barra e a mantém sobre sua cabeça, a competição de powerlifting consiste em três movimentos:
·         Supino: deitado num banco, o atleta retira a barra do apoio, após a ordem do árbitro, baixa até o peito. Em seguida, levanta até que os braços estejam totalmente estendidos;
·         Agachamento: em pé, o atleta se posiciona e retira a barra do apoio. Após a ordem do árbitro, ele se afasta para trás e agacha até que os quadris fiquem abaixo da linha do joelho. Para finalizar o movimento, o atleta levanta até que aos joelhos fiquem completamente estendidos.
·         Terra: o atleta se posiciona em frente à barra, agacha e segura a barra com as mãos. Após o sinal do árbitro, ele levanta a barra até que seus braços fiquem estendidos ao longo do corpo e as pernas eretas. Ao novo sinal do árbitro, o atleta volta à posição inicial.
Para cada atleta são permitidas três tentativas de cada movimento e a melhor é valida para o final da competição. Vence quem conseguir levantar a barra mais pesada proporcionalmente ao seu peso. O powerlifting para cegos ainda não é uma modalidade paraolímpica.
Principais Atletas: Rosa Maria Brito, a Rosinha
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas:
Esporte: Hipismo
Histórico: A estréia paraolímpica do hipismo foi nos Jogos de Nova Iorque, em 1984. Três anos depois foi realizado o primeiro Mundial, na Suécia. Mas a modalidade precisava se desenvolver quantitativamente ainda, e só voltou ao programa oficial na Paraolimpíada de Sydney (2000). A única disciplina do Hipismo do Programa Paraolímpico é o Adestramento. Em março de 2002, nasceu o hipismo paraolímpico nacional a partir de um curso promovido pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). Ainda neste ano ocorreram as primeiras provas-treino, com a participação de competidores do Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. Em julho de 2003 teve o primeiro Campeonato Brasileiro, em Ibiúna. Participaram nove atletas dos três estados pioneiros na modalidade. Em agosto Ibiúna sediou a Primeira Copa Sul-americana. No mesmo ano, os cavaleiros Natalie Goutglass e Daniel Loeb participaram pela primeira vez de uma competição paraolímpica internacional, o Mundial de Moorsele, Bélgica. Ainda em 2003, no Parapan de Mar del Plata, Marcos Fernandes Alves (o Joca) garantiu a primeira vaga do País numa Paraolimpíada com duas medalhas de ouro, uma no estilo livre e outra na prova individual. Nos Jogos de Atenas (2004), o Brasil fez uma boa participação com o cavaleiro Marcos Fernandes Alves, mas o melhor ainda está por vir. Em Pequim, pela primeira vez o Brasil vai competir com uma equipe completa nas paraolimpíadas, contando com a presença de Sérgio Oliva atual campeão da modalidade.
Principais adaptações: Existem quatro classificações para os cavaleiros:
·         Classe I: Predominantemente cadeirantes com pouco equilíbrio do tronco e/ou debilitação de funções em todos os quatro membros ou nenhum equilíbrio do tronco e bom funcionamento dos membros superiores.
·         Classe II: Predominantemente cadeirantes ou aqueles com severa debilitação envolvendo o tronco e de leve a bom equilíbrio do tronco ou severa debilitação unilateral.
·         Classe III: Predominantemente capaz de caminhar sem suporte, com moderada debilitação unilateral. Podem requerer o uso de cadeira de rodas para longas distâncias ou devido à pouca força. Atletas que têm total perda de vista em ambos olhos.
Classe IV: Debilitação de um ou mais membros ou algum grau de deficiência visual.
Principais Atletas: Dante da Silva Rodrigues e Guilherme Chorato
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas: 9º e 14º

Esporte: Ciclismo
Histórico: O ciclismo começou na década de 80, quando somente deficientes visuais competiam. A Paraolimpíada de Nova Iorque (1984) marcou por ser a primeira com atletas paralisados cerebrais, amputados e deficientes visuais. Em Seul (1988), o ciclismo de estrada entrou no programa oficial de disputas. A partir de Atlanta (1996), cada tipo de deficiência passou a ser avaliado de forma específica. Nesta competição foram incluídas provas de velódromo. Em Sydney (2000), o handcycling (ciclismo com as mãos) teve provas de exibição.
            Quase 10 anos depois o Brasil estreou nos Jogos Paraolímpicos, em Barcelona (1992), com Rivaldo Gonçalves Martins. Dois anos depois, na Bélgica, o mesmo ciclista, amputado da perna com prótese, conquistou o título de campeão mundial na prova de contra-relógio. Nos Jogos Parapan-Americanos de Mar del Plata, em 2003, o País trouxe duas medalhas de ouro com Rivaldo (contra-relógio e estrada) e uma prata com Roberto Carlos Silva (contra-relógio). No Parapan-Americano de Cali (Colômbia), em 2007, o brasileiro Soelito Ghor conquistou ouro nos 4 km da prova de perseguição individual (CL1).
Principais adaptações: Paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes), de ambos os sexos, competem no ciclismo. Existem duas maneiras de ser praticada: individual ou em equipe. As regras seguem as da União Internacional de Ciclismo (UCI), mas com pequenas alterações relativas à segurança e classificação dos atletas. As bicicletas podem ser de modelos convencionais ou triciclos para paralisados cerebrais, segundo o grau de lesão. O ciclista cego compete em uma bicicleta dupla – conhecida como “tandem” – com um guia no banco da frente dando a direção. Para os cadeirantes, a bicicleta é “pedalada” com as mãos: é o handcycling. As provas são de velódromo, estrada e contra-relógio. Classificação: Tandem - Para ciclistas com deficiência visual (B1, B2 e B3). A bicicleta tem dois assentos e ambos ocupantes pedalam em sintonia. Na frente, vai um ciclista não-deficiente visual e no banco de trás o atleta com deficiência visual.
Principais Atletas:
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas: 9º e 14º
Esporte: Basquete em cadeira de rodas
Histórico: Essa é uma das modalidades mais tradicionais e começou a ser praticada nos Estados Unidos, em 1945, principalmente por ex-soldados que ficaram paraplégicos em função da 2ª Guerra Mundial. O basquete em cadeira de rodas foi a primeira modalidade paraolímpica a ser praticada no Brasil (1957). No início apenas lesionados medulares podiam participar. Com o passar do tempo os amputados também começaram a competir. Atualmente, tanto homens como mulheres podem competir.
Principais adaptações: As regras utilizadas seguem as determinações da Federação Internacional de Basquete Amador, que já fez algumas adaptações. A cada dois movimentos para impulsionar a cadeira, o jogador precisa quicar a bola pelo menos uma vez. É falta técnica utilizar os membros inferiores para obter algum tipo de vantagem, como colocar o pé no chão ou levantar o assento.
Para que haja igualdade entre os atletas todas as cadeiras têm a mesma medida, que contam inclusive com um para-choque.
A quadra não sofre qualquer tipo de adaptação para receber os atletas em cadeira de rodas e a tabela permanece na mesma altura. Com cinco jogadores em cada equipe, os atletas recebem pontos de 1 a 4,5 de acordo com o seu comprometimento funcional (sendo os de mais alta pontuação os menos comprometidos). O total de pontos de uma equipe em quadra não pode ultrapassar 14.
Esporte: Natação
Histórico: A natação está presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada, em Roma, 1960. A primeira participação brasileira no quadro de medalhas ocorreu em Stoke Mandeville/ 1984 com a conquista de uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de bronze. Nos Jogos Paraolímpicos de Seul/1988, o país ganhou um ouro, uma prata e sete bronzes. Na Paraolimpíada de Barcelona, o esporte obteve para o Brasil três bronzes. Em Atlanta/1996, a performance foi exatamente igual à de Seul. Em Sydney, a melhora no desempenho foi significativa, rendendo aos brasileiros seis ouros, dez pratas e seis bronzes. O melhor desempenho ocorreu mesmo em Atenas, onde o país conquistou 33 medalhas – 14 de ouro, 12 de prata e sete de bronze.
Principais adaptações: Na natação, as regras gerais são as mesmas da natação convencional com algumas adaptações, principalmente quanto às saídas, viradas e chegadas e à orientação dos deficientes visuais. As competições são divididas em categorias masculinas e femininas, respeitando os graus de deficiência de cada nadador, e as provas disputadas podem ser individuais ou em equipe de revezamento. Os trajes de todos os concorrentes devem ser apropriados para o esporte e não devem ser alterados e/ou modificados para ajudar ou realçar o desempenho dos nadadores. Alguns atletas podem requerer o auxílio da equipe de apoio na borda da piscina durante a competição para ajudar na sua entrada e retirada da água.
            Os protestos são possíveis se as regras e os regulamentos para condução da competição não forem observados e outras circunstâncias colocarem em perigo a competição e/ou os concorrentes. Os árbitros atuam como fiscais de prova e verificam se os estilos são respeitados, se as viradas são executadas de forma correta e contam o número de voltas realizadas. Qualquer irregularidade desclassifica o nadador.
            Na natação adaptada, como o próprio nome já diz, existem algumas adaptações que foram adotadas devido à incapacidade da execução de alguns movimentos. As principais adaptações da regra para a natação paraolímpica são: na largada, o atleta que apresentar problemas de equilíbrio poderá ter auxílio de somente um voluntário, para equilibrar-se sobre a plataforma de largada, ou seja, poderá receber apoio pelos quadris, mão, braço etc. É necessário que o formulário de solicitação de auxílio seja preenchido e submetido à aprovação do delegado técnico / delegado técnico assistente e/ou consultores técnicos; as classes S1, S2 e S3 têm autorização para manter seu(s) pé(s) encostado(s) à parede até que seja dado o sinal de largada. Não é permitido dar impulso ao nadador no momento da largada, pois isso resultará em largada falsa; no nado peito e borboleta, os nadadores com deficiência visual (S11 e S12) podem ter dificuldade de fazer o toque simultaneamente na virada e na chegada se estiverem muito próximos à raia. Desde que o nadador não ganhe vantagem injusta, o toque não simultâneo será permitido.
            O nadador não deve apoiar-se na raia para ganhar vantagem. O nadador irá mover-se, normalmente, para longe da raia com uma ou duas braçadas; atletas da classe S11 são obrigados a utilizar óculos opacos para que não passe a luz, assim como o auxílio dos tappers (batedores que tocam o atleta com um bastão para informar a proximidade da parede), um em cada extremidade da piscina.
Principais Atletas: Daniel Dias
Ranking do Brasil nas duas últimas olimpíadas: 14º e 9º
Esporte: Futebol de Sete
Histórico: O futebol de 7 é praticado por jogadores com paralisia cerebral. Essa modalidade surgiu pela primeira vez no Brasil, em 1978 e segue as mesmas regras da FIFA, com certas adaptações feitas sob responsabilidade do Comitê de Futebol da Associação Internacional de Esporte e Recreação de Paralisados Cerebrais.
Principais adaptações: No futebol de 7 não existe impedimento e o arremesso lateral pode ser feito com as duas mãos ou só com uma, rolando a bola no chão como no boliche. O tamanho do campo de grama (natural ou sintética) é de 55 m de largura por 75 m de comprimento. As traves são menores que as utilizadas no futebol convencional (2 m de altura por 5 m de largura). O futebol de 7 é jogado em dois tempos de meia hora, com um intervalo de 15 minutos. Cada equipe tem sete jogadores em campo, inclusive o goleiro, e mais 5 reservas.
Apesar do nome sugerir, essa é uma deficiência motora e não mental. A paralisia cerebral prejudica de várias formas a capacidade motora dos atletas. Porém, diferentemente dos deficientes mentais, eles não apresentam comprometimento intelectual.
Jogam futebol de 7 os atletas das classes C5 a C8, sendo obrigatória a presença de um atleta C5 ou C6 em todos os momentos do jogo a fim de manter o equilíbrio entre as equipes.
Esporte: Voleibol sentado
Histórico: A modalidade surgiu a partir da combinação entre o voleibol convencional e o Sitzbal, esporte alemão que não tem rede e que é praticado por pessoas com dificuldades para se locomover e que, por isso, jogam sentadas.
Até as Paraolimpíadas de Sidney, no ano 2000, o voleibol paraolímpico era dividido entre a categoria sentado e em pé. A partir de Atenas o esporte passou a existir apenas na categoria sentado.
Principais adaptações: Podem disputar a modalidade atletas amputados, paralisados cerebrais, lesionados na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de deficiência locomotor. Entre o vôlei paraolímpico e o convencional há menos diferenças do que possa parecer. Basicamente, a quadra é menor do que a convencional (mede 6 m de largura por 10 m de comprimento, contra 18 m x 9 m) e a altura da rede também é menor, pois os jogadores competem sentados. Outra diferença consiste no fato de o saque poder ser bloqueado.
É permitido o contato das pernas de jogadores de um time com os jogadores do outro time. Porém, não se pode obstruir as condições de jogo do oponente. Um atacante pode "queimar" a linha de ataque caso sua bacia não a toque até o atleta bater na bola. Somente se pode perder o contato com o chão para salvar bolas difíceis e, mesmo assim, por pouco tempo.
Cada jogo é decidido numa melhor de cinco sets. Vence cada set o time que marcar 25 pontos. Na rede há duas antenas e a arbitragem também é dividida entre juiz principal, segundo juiz e dois árbitros de linha. Assim como no vôlei convencional, os times são formados por 12 jogadores e entre eles há um capitão e um líbero, que pode entrar e sair do jogo sem a permissão dos árbitros e possui exclusiva função defensiva. Para cada jogada, as equipes podem dar, no máximo, três toques na bola.




Responda as questões a seguir:
1) Escolha 5 esportes paralímpicos e descreva como foram os resultados dos brasileiros em competições.
2) Os dois esportes paralímpicos com nome de futebol são praticados por pessoas com quais deficiências?
3) Cite as principais adaptações de todos esportes coletivos paralímpicos .
4) Cite os principais atletas paralímpicos brasileiros.





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